Há um mistério neste mistério...
Como pode cada calix de felicidade,
Vir misturado a uma gota, indelével,
De dor, lágrimas e amargura?...
Do peito verte o sangue etéreo...
Que vem mesmo desde a tenra idade,
E a ferida alma chora em revel,
A senda a trilhar da vil agrura!
Oh! Ser que sofre na miséria pobre...
De uma via que não há um desviar,
Segue rumo a um cruel desfiladeiro,
E tem na sua essência um gesto nobre,
Tirar do desgraçado o respirar...
Como golpe de misericórdia verdadeiro!
Poeta Camilo Martins
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